Olá

Decidi escrever o Blog por achar, como todos que escrevem, que alguém se interessará em ler o que escrevo.

Espero que algo aqui lhe seja últi.

A vida é para ser vivida e o que pudermos aprender para melhorar nossa vivência, melhor.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Falando a verdade


Fiquei tocado hoje pelo vídeo abaixo:




O vídeo, num breve resumo:
No primeiro momento, o pedindo de ajuda narrava a situação do homem, cego, e pedia uma ajuda. Simples , direto, sem rodeios. Obtinha, lá e cá, algumas moedas dos transeuntes.

No segundo , focava sobre o dia, lindo, depois informava que o homem não podia vê-lo. E nada pedia. Mas, a despeito de não pedir nada, era este segundo pedido muito mais efetivo que o primeiro.

(para quem não conhece o poder do Marketing, está aí um bom exemplo...)

É um vídeo, portanto não necessariamente real, mas, na minha opinião, muito plausível que assim teria acontecido se real fosse.

Diamantes são lindos. Se um deles for dado, preso a um anel, numa caixinha aveludada, terá muitas possibilidades de obter uma resposta SIM, e um feliz casamento deverá acontecer. Se for simplesmente jogado na direção da futura esposa, assim como coisa de somenos, talvez ela não venha mais a ser a futura esposa. Ou não, e se case com o rapaz, mas tal pedido de casamento, abrupto, será uma frustração guardada no coração.Em geral, as mulheres esperam que este momento seja cheio de carinho.


A partir destas pequenas considerações, e eu poderia ficar dando mais exemplos,  perceba como que é relevante a forma como um determinado conteúdo é passado. A forma é determinante para que o conteúdo seja bem assimilado.

Conheço pessoas , e não são poucas aquelas que são assim, que tem orgulho de dizer a verdade. Eu também gosto de dizer a verdade, claro. Mas as pessoas a quem me refiro gostam de dizer a verdade com uma qualidade , uma forma particular: elas dizem a verdade de forma ofensiva, taxativa, agressiva. Orgulham-se de seu conteúdo e negam ou ignoram o valor da forma na transmissão de uma mensagem. Em geral, são pessoas com dificuldade de se articular amorosamente com outras pessoas. A grosseria lhes é gratuita e comum. E, quando tem uma verdade para falar, ancoradas no fato de que o que irão falar é a mais pura verdade e que a verdade precisa ser dita, destilam toda aquela dificuldade sobre o ouvinte. 

Conheço outras que não são assim grosseiras, mas apenas insensíveis. Dizem ao fulano que a esposa morreu como quem comenta da chuva de ontem. O olhar que elas tem sobre o outro não lhes infunde misericórdia ou empatia. Em geral pensam que "o outro precisa saber disso, vou contar, contei, pronto, tarefa cumprida". O pobre ouvinte recebe o conteúdo de forma ruim, despreparadamente e dói muito mais que o necessário. 

O sucesso da transmissão de um conteúdo é mediado pela sua forma.

Pense nisso. Além de falar, organize a fala.


Falar a verdade sim. Joga-lá não.